domingo, 23 de novembro de 2025

Tetracampeonato: História das jogadoras que conquistaram a Copa do Mundo de futebol feminino sub-17 da FIFA de 2025

O estimado camarada Kim Jong Un disse:

"Os atletas que participam de competições internacionais, conquistam a vitória e fazem tremular a bandeira da República são verdadeiros patriotas, heróis e pessoas admiráveis."

A notícia de que nossas confiáveis jogadoras de futebol conquistaram mais uma vez o honroso primeiro lugar na Copa do Mundo de futebol feminino sub-17 da FIFA de 2025 tornou-se, neste momento, um motivo de júbilo em todo o país, enchendo todos de emoção, entusiasmo e alegria.

O quarto título mundial, alcançado registrando de forma inédita a segunda vitória consecutiva na história do torneio, é, de fato, uma proeza orgulhosa que mais uma vez demonstrou ao mundo a postura e o caráter indomáveis do povo coreano, seguro da vitória. Ao mesmo tempo, o mito do futebol feminino da Coreia, criado abalando o cenário futebolístico mundial, deixou novamente gravado em todo o mundo que essa trajetória continuará para sempre, iluminando uma página do significativo ano de 2025.

Protagonistas de um novo mito

Nossas confiáveis e honradas jovens prodígios do futebol feminino, que deixaram o mundo emocionado ao percorrerem velozmente o tapete verde, exibindo uma sequência de cenas de jogo fascinantes e surpreendentes, e que fizeram nossa digna bandeira tremular no céu do mundo.

A jogadora Ri Jin A, de técnica apurada, organização excepcional e forte senso de responsabilidade, é a capitã da equipe. Nascida e criada na capital, Pyongyang, ela começou a aprender as técnicas básicas do futebol conforme o desejo de sua mãe, que também fora atleta. O fato de ter crescido como estudante de uma escola de esportes, jogadora do Clube Esportivo Sobaeksu e defensora da seleção nacional deveu-se ao afetuoso amparo que valorizou o pequeno broto do seu talento e o fez florescer lindamente. Diz-se que, na noite anterior à sua partida, sua mãe lhe disse:

“Tenha sempre em mente as expectativas da pátria. Esse é o caminho para retribuir, mesmo que um pouco, a benevolência da pátria.”

Guardando bem esse conselho e essa confiança, ela desempenhou papel decisivo como zagueira central, permitindo que a equipe utilizasse com destreza diversas estratégias de jogo e obtivesse vitórias sucessivas ao longo do campeonato.

As pessoas ainda recordam vividamente o momento em que nossa seleção marcou o estimulante gol inicial na primeira partida da fase de grupos. A autora daquela jogada foi a atacante Yu Jong Hyang, vencedora dos prêmios de Melhor Jogadora e Artilheira. Desde pequena ela gostava de futebol e, após ingressar na escola de esportes, nunca se separou da bola, nem por um instante.

Quando sua mãe perguntou se ela gostava tanto assim de futebol, Jong Hyang respondeu:

Há poucas jogadoras mundialmente famosas no futebol feminino, e eu quero ser uma delas; quero tornar-se uma grande jogadora que exalte o nome da pátria.

Assim são nossas jogadoras de futebol feminino: atletas confiáveis que, antes mesmo de aprenderem a técnica, primeiro compreenderam o amor da pátria que as criou e souberam retribuí-lo.

A atacante Kim Won Sim, que recebeu a Bola de Prata e a Chuteira de Prata neste campeonato, também era chamada de “menina prodígio do futebol” desde pequena. Mesmo quando brincava de chutar a bola com os irmãos ou quando chovia, ela saía para o campo de treinamento abraçada à bola e só então voltava para casa. Reconhecendo esse talento excepcional, o país permitiu que Kim Won Sim abrisse plenamente suas asas de aprendizado na Escola Internacional de Futebol de Pyongyang, construída sob o amor e a confiança do Partido.

“O campo de treinamento de futebol é uma frente sem canhões. Não consigo conter a emoção que irrompe diante do amor e da confiança do Partido por nós, atletas. Tornarei-me uma jogadora que corre sempre na dianteira do mundo e que marca gols com vigor e elegância.”

Este é um trecho do texto deixado pela meio-campista Ri Ui Gyong — que deixou especialistas impressionados com seus passes de gol primorosos e marcou o último gol do campeonato — durante o período em que atuava no Clube de Atletas 25 de abril.

Esse sentimento não era apenas o de Ri Ui Gyong.

Acreditamos que esse era o ideal e a determinação de todas as nossas jogadoras de futebol feminino — da jogadora Pak Rye Yong, que apresentou uma belíssima cena de gol na partida final; de Kim Su Rim, que, apesar de ter sofrido uma lesão durante o processo de treino, entrou em campo e cumpriu responsavelmente o seu papel; de Pak Su Rim e O Chong Gum, que dedicaram tudo pela vitória; e de Kim Yon A e de todas as demais atletas.

Nos resultados de vitória absoluta nas sete acirradas partidas — desde os jogos da fase de grupos até a final — esteve firmemente sustentado o esforço da goleira Kim Son Gyong. Nascida como filha mais velha de uma família de trabalhadores comuns da cidade de Sunchon, seu crescimento até tornar-se a goleira da seleção nacional também foi acompanhado pela dedicada mão materna da pátria, que valorizou seu talento — desconhecido até mesmo pelos seus próprios pais — e a guiou passo a passo pelo caminho do desenvolvimento. Por isso, seja quando atuava no Clube de Atletas 25 de abril ou quando treinava na seleção nacional, o que pulsava no coração de Kim Son Gyong, que acumulou dias e meses com a única intenção de retribuir, era a convicção inabalável de que a trave que ela defendia era, em si, o próprio portal da pátria. Como poderíamos medir todo o peso do suor patriótico derramado por nossas adoráveis atletas pela honra da pátria?

A jogadora Ryu Jin Ju, do Clube Esportivo Amnokgang, que sempre encorajou a confiança e o ânimo da equipe em cada treino e partida, guardando profundamente que ela não era apenas um corpo individual, mas parte de um time e uma atleta que carregava a honra da pátria; e Ri Kyong Im, que cumpriu com excelência a missão de organizadora das partidas…

Também nos comoveu a lembrança da pesquisadora de nutrição Ri Chong Hui, que rememorou os dias de treino de nossas jogadoras.

Era o auge do verão, quando mesmo sentada a pessoa suava e a respiração ficava difícil. Mas, segundo ela, nossas atletas não deixaram escapar nem um milímetro do cronograma de treino, mesmo sob o calor sufocante. Até que certo dia, como o horário do jantar havia passado e as atletas não retornaram ao alojamento, Ri Chong Hui foi ao campo de treino — e não pôde deixar de se surpreender. As jogadoras, e até mesmo os treinadores, estavam completamente encharcados, como se tivessem sido apanhados por uma forte chuva, mas em nenhum rosto havia o menor sinal de cansaço.

Quando ela lhes disse com sinceridade que já tinham passado do horário de treino e questionou se precisavam ir tão longe, como responderam nossas jogadoras?

“Elas disseram simplesmente que ainda não haviam ultrapassado seus limites mentais e físicos; que, assim como um soldado que não cumpriu sua missão não pode abandonar a trincheira, elas não poderiam deitar-se antes de cumprir as metas de treino que elas próprias haviam estabelecido.”

O diretor da Seleção Nacional de Futebol, Kim Chol Man, nos disse:

“Ainda são jovens que poderiam estar no colo dos pais buscando carinho, mas, quando as víamos correr pelo campo de treino, ficávamos orgulhosos e surpreendidos. Através delas percebemos que devíamos cumprir plenamente nossas responsabilidades e papéis, e adquirimos a convicção de que conseguiríamos vencer e elevar a honra da pátria.”

E não foram apenas as atletas.

A dedicação distinta dos treinadores e dos funcionários, que sempre compartilharam alegrias e dificuldades com as jogadoras ao longo dos dias de treino, também se tornou um precioso alicerce da vitória.

As atletas afirmaram, em uníssono, que as elevadas exigências e a calorosa sinceridade do técnico principal Pak Song Jin, das treinadoras Ho Sun Hui, Jong Pok Sim e Jong Sok Nam, bem como dos responsáveis do Ministério dos Esportes, foram para elas como uma fonte inesgotável, tornando-se sempre sua força de vontade e sua sabedoria.

Gravando profundamente em seu destino as expectativas da pátria e do povo, dedicando tudo de si pela vitória e pela honra da pátria e vivendo antecipadamente a idade do patriotismo, nossas confiáveis atletas tornaram-se — de forma imponente e inigualável — as legítimas donas da quarta Copa do Mundo, erguendo orgulhosamente a nossa digna bandeira diante do mundo.

Vencer — e com ainda mais euforia!

O mundo, mais uma vez, ficou surpreendido.

Como pôde a equipe da Coreia, formada em sua maioria por jogadoras estreantes, levantar novamente a taça da Copa do Mundo?

E quão revigorante é a resposta das nossas jogadoras a essa pergunta.

Os gols não foram meus, foram do nosso time. Todas nós vencemos porque corremos unidas, colocando acima de nós mesmas a honra da equipe, a honra da pátria…

No presente campeonato, participaram equipes excelentes que haviam se destacado nos torneios realizados por continente. Na Ásia, não foi organizado um torneio separado: quatro equipes foram selecionadas, e a nossa foi escolhida em primeiro lugar pelos destacados resultados alcançados no ano passado. Assim, nossa equipe, formada inteiramente por novas jogadoras sem experiência prévia em competições internacionais, participou diretamente da Copa do Mundo de futebol feminino sub-17. Especialmente, ao contrário do ano anterior, que contou com 16 equipes, o presente torneio teve 24 participantes, o que fez com que tivéssemos de disputar uma partida a mais.

A chefe da delegação, Han Un Gyong, vice-presidenta da Associação de Futebol da República Popular Democrática da Coreia, afirmou:

“Muitos países encaram a organização do treinamento de jovens futebolistas como uma questão vital que determina o desenvolvimento futuro da técnica futebolística, e projetam esse futuro a partir da Copa do Mundo de futebol feminino sub-17. Por isso, numerosos países participaram do torneio e dedicaram grandes esforços para conquistar o título. Assim, esta edição foi realizada em escala maior e de forma ainda mais acirrada que as anteriores.”

O primeiro jogo da fase de grupos, entre nossa seleção e a seleção do México, foi acirrado desde o início. Para compensar a derrota do ano passado, o México preparou-se cuidadosamente para enfrentar nossa equipe. No entanto, mesmo sem poder contar na estreia com a meio-campista Ri Ui Gyong, que estava com febre alta, nossa equipe acelerou ainda mais o ritmo, não dando ao adversário um instante de descanso, lançando ataques consecutivos e conquistando a vitória.

Neste campeonato também foi atribuída, ao final de cada partida, uma premiação para a melhor jogadora entre as duas equipes que haviam se enfrentado. Especialistas em futebol afirmaram que o simples fato de nossas jogadoras terem recebido sete prêmios de melhor jogadora — um para cada uma das sete partidas — demonstra o elevado nível técnico geral do time.

Após a vitória no primeiro jogo, nossa equipe enfrentou Camarões na segunda partida. Infelizmente, nesse jogo sofremos primeiro um gol, devido à força física do adversário. Mas nossas jogadoras fortaleceram a cooperação e demonstraram plenamente sua habilidade. Ri Ui Gyong passou a bola, e Kim Won Sim converteu em gol, igualando o placar e elevando a intensidade da disputa. Poucos segundos antes do apito final, Kim Won Sim marcou novamente e selou a partida.

Ao concluir de forma empolgante o último jogo da fase de grupos contra os Países Baixos, a canção “Somos coreanos” ecoou vigorosamente pelo estádio.

A vice-presidente da Associação de Futebol da República Popular Democrática da Coreia, Ra Mi Ae, declarou que, embora já sentisse emoção ao cantar “Somos coreanos” no próprio país, entoá-la em terra estrangeira, carregando a alegria da vitória, gravou ainda mais fundo em seu coração o orgulho e a dignidade de ser cidadã da grande pátria; relatou também que todas as atletas, desejando fazer com que essa canção significativa — que exalta o orgulho do povo coreano — ressoasse ainda mais alto pelos estádios e pelos céus do mundo, motivaram-se ainda mais.

Nossa equipe avançou para as oitavas de final contra a seleção anfitriã, Marrocos. Naquele dia, o estádio estava lotado de torcedores marroquinos.

A atleta Yun Jin A, que realizou ali tanto funções defensivas como ofensivas, marcando um gol, expressou assim seus sentimentos:

“Diante dos meus olhos, só via nossas jogadoras, vestindo o uniforme vermelho com o emblema da nossa bandeira, transbordando de confiança na vitória. Quanto mais as olhava, mais firme era minha certeza: esta também seria uma partida vencida.”

Assim, em cada jogo, repetidas vezes, nossas jovens atletas estavam convictas da vitória; e, mesmo nas circunstâncias desfavoráveis, correram sorrindo pelos campos de batalha esportivos e derrotaram seus adversários de forma avassaladora.

A partida das quartas de final entre nossa seleção e a seleção japonesa foi a vitória mais empolgante. Desde o início, nossas jogadoras lançaram ataques tão fortes que as adversárias nem tiveram tempo de reagir; aos 38 segundos de jogo já marcávamos o primeiro gol, e logo em seguida nossas atletas, apresentando sucessivas jogadas notáveis, elevaram ainda mais o ímpeto. Ao derrotar categoricamente o Japão por 5 a 1 e avançar para a semifinal, quem mais derramou lágrimas de alegria, sem conseguir contê-las, foi o técnico principal Pak Song Jin.

Muitas pessoas parabenizaram sinceramente a vitória da nossa equipe. Diziam que, mesmo sem terem tempo de recuperar-se da fadiga após cada partida, nossas jogadoras já estavam imediatamente engajadas nos treinos seguintes para a próxima; diziam que a Coreia certamente venceria, que as jogadoras coreanas treinavam tanto de madrugada quanto à noite, que as jovens atletas encaravam o treino com seriedade e responsabilidade — e que atletas assim seriam necessariamente campeãs.

A semifinal contra o Brasil, equipe considerada favorita ao título, foi praticamente uma final antecipada. A seleção brasileira, cujas atletas têm excelente preparo físico e alta habilidade técnica, desta vez não se apoiava em apenas algumas jogadoras, mas sim fortalecia a cooperação entre todas e aprimorava sua capacidade de combinação. Especialistas acreditavam silenciosamente que o Brasil venceria. No entanto, quando nossa seleção, que pressionava a área adversária com ataques intensos, marcou o segundo gol, não houve quem não ficasse surpreso.

Observando nossas atletas, com o orgulho de serem coreanas, de peito erguido, olhando o mundo do alto do pódio — algo que não é fácil de alcançar — especialistas expressaram admiração: diziam que, para aprender futebol, era preciso ir à Coreia; que o mesmo se aplicava ao trabalho dos técnicos; que era incrível como haviam treinado as jogadoras; que custava acreditar que todas aquelas jovens atletas haviam sido formadas do zero. Muitos especialistas e torcedores também afirmavam que tinham certeza da vitória, que sabiam que ganharíamos, que, se não fosse a Coreia a vencer, quem mais poderia ser? E parabenizaram de coração nossa conquista.

O presidente da FIFA declarou que o futebol feminino coreano alcançou um patamar técnico e físico ainda mais elevado em comparação ao ano passado; que nossas atletas haviam apresentado espetaculares cenas de jogo diante do mundo; que o sistema de formação de novas futebolistas estava solidamente estabelecido; e que nosso país realmente dava grande importância ao futebol.

A quarta Copa do Mundo conquistada pelas nossas valorosas jogadoras — que demonstraram plenamente a inquebrantável força espiritual e a coragem do povo coreano!

Essa brilhante vitória, na qual nossas confiáveis jogadoras reafirmaram diante do mundo a dignidade e o prestígio da Coreia Juche, é um feito glorioso de vitórias sucessivas que derrubou completamente os conceitos estabelecidos no futebol internacional.

A quarta Copa conquistada por elas nos mostra claramente:

Se amamos verdadeiramente a nossa mãe-pátria, se desejamos praticar o genuíno patriotismo, então dediquemos nosso suor e nossos esforços, sem poupar nada, à nossa pátria que avança vigorosamente rumo a novas e grandiosas vitórias. Onde quer que estejamos e qualquer que seja o trabalho que realizemos, ergamo-nos com o orgulho dos coreanos e tornemo-nos verdadeiros filhos e filhas que honram o nome e a dignidade de nossa pátria.

Escrito por Ji Hyok Chol, foto de Ri Sol Min

Publicado no diário Rodong Sinmun em 24 de novembro de 2025

Traduzido por Lenan Menezes da Cunha

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