No jogo da volta da fase final do pré-Olímpico Asiático de futebol feminino, a RPDC caiu de pé diante da forte seleção japonesa, em Tóquio.
Após um empate sem gols no jogo de ida disputado na Arábia Saudita, as Azaleias Orientais foram à campo em território hostil para fazer história e conquistar mais uma vaga em Jogos Olímpicos. Porém, as anfitriãs foram mais eficientes e ficaram com a vaga.
Diferente da partida anterior, quando montou um esquema tático defensivo para anular as potencialidades ofensivas da seleção japonesa, na partida da última terça-feira (28) o técnico Ri Yu Il optou por um pouco mais ofensiva com as entradas da atacante Sung Hyang Sim (7) e da meio campista Ri Hak (10). Contudo, a grande controvérsia fica no fato de que barrou a goleadora Kim Kyong Yong (17) para colocar a baixinha Sung Hyang Sim (7) que, embora muito veloz e habilidosa, tem dificuldade de segurar a bola e fazer frente fisicamente às defensoras adversárias.
Aparentemente, o treinador apostava nos contra-ataques em velocidade e na integração do meio campo ao campo ofensivo. Embora sua mudança tática não tenha sido uma abertura ao ataque, permanecendo muito próximo do esquema 5-4-1 do jogo passado em muitos momentos, a seleção coreana tinha claramente mais possibilidades ofensivas que no jogo passado. E isso não significou um enfraquecimento na defesa.
A primeira parte da etapa inicial foi marcada por um certo equilíbrio, onde as equipes não conseguiram criar oportunidades claras de gol. Por outro lado, era mais uma vez o Japão quem ficava mais com a bola, e nessa ocasião, era impulsionado por sua torcida.
O primeiro gol da partida saiu aos 25 minutos quando após cobrança de falta na área e dois toques de cabeça da parte japonesa, a bola bateu no travessão e sobrou para Takahashi completar pro gol, contando com uma certa lentidão da goleira e das defensoras norte-coreanas.
Apesar do gol japonês, as coreanas não sentiram o golpe. Aos poucos foram tentando avançar as linhas e impor uma pressão maior, com senso de urgência. Porém, faltou inspiração e eficiência na parte coreana.
Na segunda etapa o jogo ficou mais tenso, com ambas equipes impondo maior intensidade e brigando por cada bola. As norte-coreanas, precisando urgentemente do gol do empate, se afobavam em muitas oportunidades. Além disso, a goleira japonesa demonstrou muita segurança quando exigida.
Ri Yu Il promoveu as entradas das atacantes Kim Kyong Yong (17) e Kim Hye Yong (22) aos 22 do segundo tempo e conseguiu impor uma pressão adicional sobre a defesa japonesa. No final ainda colocou a atacante Han Jing Hong (11). Por outro lado, a ligação entre o meio e o ataque ficou deficiente.
Apesar da tentativa de aumentar a força ofensiva para conseguir o empate, foi o Japão que marcou, aos 31 minutos, com Fujino após bela jogada de Shimizu.
Com pouco tempo de jogo de uma grande desvantagem, a tensão foi tomando conta da seleção coreana. Mesmo assim, após lindo lançamento de Ri Hak (10), Hye Yong (22) marcou aos 36 minutos e colocou fogo no jogo.
Indo com tudo ao ataque, embora sem muita criatividade, a seleção norte-coreana forçou o Japão a recuar e buscar a manutenção do placar segurando ao máximo a bola e assim gastando tempo. A Coreia até teve chances de empatar, mas faltou efetividade.
Com o apito final, acabou o sonho das Olimpíadas de Paris de 2024. Entretanto, ficam aprendizados e experiências preciosos que podem fazer com que essa equipe promissora evolua e volte ainda mais forte nas próximas competições continentais e internacionais.
Na outra partida do pré-Olímpico, a Austrália goleou o Uzbequistão por 10 a 0 e garantiu sua vaga.
Jogaram: 1-Pak Ju Mi, 2-Ri Myong Gum, 20-Ri Hye Gyong, 16-Pak Sin Jong, 3-Ri Kum Hyang, 15-Wi Jong Sim, 9-Ju Hyo Sim (6-Myong Yu Jong 67"), 10-Ri Hak,14-Hong Song Ok (11-Han Jin Hong 87"), 12-Choe Kum Ok (22-Kim Hye Yong 67") e 7-Sung Hyang Sim (17-Kim Kyong Yong 67")
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