Após muita arbitrariedade e padrão duplo fora das quatro linhas pela Associação de Futebol do Japão e a Confederação Asiática de Futebol, finalmente começou o confronto futebolÃstico entre RPDC e Japão em busca de uma vaga nas OlimpÃadas de 2024.
A seleção feminina norte-coreana, supostamente mandante do jogo de ida na distante Arábia Saudita, onde prevalecia entre o irrisório público uma maioria japonesa, fez um jogo taticamente cauteloso com sua formação 5-4-1, anulando de forma geral o poder ofensivo japonês.
Por outro lado, com uma atacante isolada e pouco apoiada municiada, o poder ofensivo norte-coreano que estamos acostumados a ver foi no mÃnimo discreto.
Tendo em mente o último confronto contra as Nadeshiko na final dos Jogos Asiáticos em 2023, o técnico norte-coreano, Ri Yu Il, preferiu montar uma estratégia de jogo mais cautelosa para anular o ataque japonês, sobretudo nas bolas aéreas.
Apesar do domÃnio da posse de bola por parte do Japão, foram as Azaleias Orientais que chegaram mais vezes com perigo no campo ofensivo. Só não abriram o marcador graças a pelo menos duas belas defesas da goleira japonesa e de um "auxÃlio" da trave para o lado japonês.
Os primeiros 20 minutos foram marcados por muito equilÃbrio e respeito de ambas as partes. Embora o Japão tivesse mais a bola, a Coreia não tinha dificuldades em frustrar as ofensivas adversárias com uma marcação firme e com jogadoras na sobra. Ainda assim, aos 14 minutos, em uma escapada no campo de ataque a seleção norte-coreana teve boa oportunidade com Kim Kyong Yong (17) que finalizou para boa defesa da goleira japonesa.
Porém, o grande lance da primeira etapa do lado coreano foi a linda finalização de Myong Yu Jong (6) que obrigou Yamashita a fazer uma defesa dificÃlima.
Do lado japonês, a grande chance foi aos 42 minutos quando após uma finalização desviar nas marcadoras a goleira Pak Ju Mi (1) fez uma excelente defesa com a perna esquerda. Nesse contexto, vale ressaltar que o Japão conseguiu finalmente chegar com perigo de fato nos minutos finais da etapa inicial.
Na segunda etapa, sem alterações no intervalo, a seleção norte-coreana voltou mais compacta e conseguiu se impor mais ofensivamente, conseguindo corrigir parcialmente a deficiência na ligação com o ataque.
Mesmo assim, não conseguiu um domÃnio de fato da partida. O Japão ensaiava explorar contra-ataques como contramedida à postura norte-coreana, mas praticamente não conseguiu levar grande perigo dessa maneira.
No decorrer da partida, que parecia que seria decidida nos detalhes, Ri Yu Il promoveu uma mudança ofensiva na equipe colocando jogadoras de excelente capacidade técnica e velocidade como Ri Hak (10), Kim Hye Yong (22) e Sung Hyang Sim (7), mostrando a intenção de colocar o Japão nas cordas e conseguir a vitória no jogo de ida. Porém, as coisas não terminaram da forma desejada.
Após belo cruzamento de Ri Myong Gum (2) pela direita, Kim Kyong Yong (17), que depois daria lugar a Sung Hyang Sim (7), cabeceou no travessão, sendo este o lance emblemático da segunda etapa.
A veloz Hyang Sim deu trabalho à defesa japonesa mas não conseguiu contribuir, por fim, no que sua equipe mais precisava: o gol. Tampouco a centroavante Hye Yong e a talentosÃssima meia Ri Hak conseguiram balançar as redes ou contribuir para isso.
Com o apito final e o placar sem gols, a RPDC não conseguiu aproveitar a "vantagem" do campo neutro e agora terá que decidir a vaga contra sua rival em Tóquio, onde evidentemente a vantagem estará do outro lado.
Todavia, futebolisticamente falando, tudo está em aberto.
Mais cedo, a Austrália derrotou o Uzbequistão por 3-0 em Tashkent e deu um grande passo à classificação para os Jogos OlÃmpicos.
RPDC e Japão farão o duelo decisivo na próxima quarta-feira (28) no Estádio Nacional do Japão.
Jogaram: 1-Pak Ju Mi, 2-Ri Myong Gum, 20-Ri Hye Gyong, 16-Pak Sin Jong, 3-Ri Kum Hyang, 15-Wi Jong Sim (C), 9-Ju Hyo Sim, 6-Myong Yu Jong (10-Ri Hak 69"), 14-Hong Song Ok (22-Kim Hye Yong 69"), 12-Choe Kum Ok e 17-Kim Kyong Yong (7-Sung Hyang Sim 78").
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