Após uma bela campanha que teve goleadas, tropeço e embate difícil, a RPDC foi à campo neste sábado no Estádio de Chonburi enfrentar a Coreia do Sul em busca de seu terceiro troféu na competição, e em um jogo muito pegado, as chollimas conseguiram se sobressair na técnica e se vingar da derrota na final na edição de 2009, que por sinal foi disputada também na Tailândia.
A equipe comandada por Song Sung Gwon manteve o mesmo time que bateu a China em confronto difícil nas semifinais, entretanto, jogou mais tempo no esquema 3-4-3 do que nas partidas anteriores, com Pong Song Ae, que faz a lateral esquerda , fechando mais na zaga enquanto Kim Yun Ok revezava a ponta direita com a atacante Pak Hye Gyong, bem como a marcação.
Jogaram: 18-Yu Son Gum, 3-Ri Sin Ok, 5-Ri Kum Hyang, 4-Pong Song Ae, 14-Kim Yun Ok (8-Ryu Sol Song 82"), 7- Ri Su Gyong (C), 15- Yun Ji Hwa (13-Ko Kyong Hui 68"), 6- Ri Su Jong, 10-Kim Ryu Song, 20- Pak Hye Gyong e 17- Kim Kyong Yong (12- Sin Pom Hyang 90")
O jogo começou bastante movimentado, com as norte coreanas buscando desde já o campo ofensivo, enquanto as sul coreanas faziam boa marcação e tentavam sair nos contra ataques. Quando as chollimas tinham a bola em seu campo, a Coreia do Sul avançava suas linhas buscando dificultar a saída de bola, porém, com muito técnica as norte coreanas conseguiram se livrar da marcação várias vezes.
O caminho era novamente o lado do campo, sobretudo o lado direito onde a equipe tinha praticamente duas pontas, Kim Yun Ok e Pak Hye Gyong, e por lá armavam boas chegadas que deram bastante trabalho à goleira Kang Ji Yeon, e também em algumas bolas paradas. As sul coreanas sabiam que não poderiam se arriscar muito ao ataque e tentavam manter o jogo a um ponto que pudessem conseguir sair em vantagem a qualquer momento e tiveram grande mérito em marcar fortemente a centro avante Kim Kyong Yong, artilheira do campeonato, que deu bastante trabalho mas não conseguiu concluir como costumamos ver. Entretanto, aos 38 minutos, em momento em que a Coreia do Sul já havia ido ao ataque com certo perigo em duas oportunidades, uma até finalizando com Noh Heon Yeon, as chollimas abriram o placar: Kim Yong Ok fez linda jogada pelo lado direito, deixando Cho Mi Jin na saudade e cruzou rasteiro para trás onde estava chegando Ri Su Jong que acertou uma bela finalização para balançar as redes.
Em desvantagem, a Coreia do Sul no segundo tempo voltou mais ofensiva, ao menos nos minutos iniciais onde se arriscaram bastante mas embora tenham dado trabalho pouco deram trabalho à goleira Yu Son Gum. Com o tempo as norte coreanas foram tomando novamente as rédeas do jogo e criando belas jogadas de ataque, contudo, as rivais do sul passaram a apelar para faltas, algumas até mesmo muito duras, pra cima das jogadoras norte coreanas. Contudo, a equipe paektusana não perdeu a cabeça e soube controlar as adversárias.
O técnico norte coreano tirou Yun Ji Hwa que sofreu uma falta dura para colocar Ko Kyong Hui aos 21 e ganhou mais fôlego no meio de campo e na parte final ainda tiraria Kim Yun Ok para colocar Ryu Sol Song para manter um bom ritmo ofensivo já que a partida seguia em aberto.
A Coreia do Sul, que não conteve seus ânimos em muitos momentos teve uma ou duas chances com perigo partindo uma de bola para e outro em finalização de fora da área, mas nada conseguiu fazer para colocar o empate no placar, enquanto aos 42, Kim Kyong Yong que era muito bem marcada pelas defensoras sul coreanas apareceu para de cabeça garantir o título da RPDC. Ela ainda saiu nos acréscimos para a entrada de O Si Nae.
A atacante que festejou muito seu gol, levou o prêmio de artilheira da competição e melhor jogadora da competição.
Com mais um título, a RPDC se iguala ao Japão como seleção com mais títulos na Copa da Ásia sub 16 de futebol feminino e vai com moral buscar defender o título na Copa do Mundo sub 17 no Uruguai em 2018.
Destaques: Sem dúvida o forte da equipe chollima é sempre o coletivo. Porém a atuação de Ri Su Jong no meio de campo foi muito boa, pois a camisa 6 além de marcar seu gol, marcou bem, caiu pelos lados do campo quando preciso e sempre chegou muito forte ao ataque, assim como Kim Yun Ok que parecia incansável pelo lado direito, infernizando a vida as sul coreanas com muita categoria e velocidade.
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